Departamento de Educação Infantil

Este é um espaço especialmente destinado para os professores da Educação Infantil, da rede Municipal de São Vicente, para que possamos compartilhar conhecimentos e refletir sobre nossa prática docente.


"Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre."

Paulo Freire


sábado, 6 de abril de 2013



Desenvolvimento de Projetos e Renovação da Prática Pedagógica

 

      Quando falamos em educação, independente de onde esta ocorra ou sob quais condições, é necessário pensarmos que nossa intenção é educar e, educar seres humanos. O que isto significa? Significa que estamos “dialogando” com seres que pensam, sentem, fazem e são; seres que já pensavam antes de entrarem na escola ou no espaço para o qual foram para aprender.

                Torna-se um desafio para os formadores transformarem a ação de ensinar em uma ação de aprender, em criação de possibilidades para a construção do conhecimento, abandonando a transferência deste para os alunos. É preciso que desde o início do processo de formação, vá ficando cada vez mais claro que, “embora diferentes entre si, quem forma se forma e re-forma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado”.
                Ou seja, todos são aprendizes no processo, enquanto aprendemos também ensinamos e enquanto ensinamos também aprendemos, apesar das diferenças entre alunos e professores, nenhum se reduz à condição de objeto, um do outro.
                Surge, então, a necessidade de novas maneiras de se pensar em educação, respeitando os alunos como ser em seus estilos de aprendizagem e em seu eu, mas para isso é importante que o educador conheça a si mesmo e descubra seus próprio modo de aprender para que possa compreender e respeitar verdadeiramente os seus alunos.
                A escola deve construir seu Plano Pedagógico Escolar coletivamente e dentro das diretrizes de uma Educação para a cidadania, para a criatividade, para a vivência da democracia e da liberdade. Que nele os jovens possam encontrar o caminho da construção de uma sociedade mais justa e digna de ser vivida por todos os brasileiros.
                Sendo assim, acredita-se que uma das estratégias rica para construir essa escola esteja na adoção de uma metodologia de Educação por projetos. Porque os projetos permitem articular as disciplinas, buscam analisar os problemas sociais e existenciais e contribuir para a sua solução por meio da prática concreta dos alunos e da comunidade escolar.
               











                O trabalho através de projetos permite uma aprendizagem por meio da participação ativa dos educandos, vivenciando as situações-problema, refletindo sobre elas e tomando atitudes diante dos fatos. E que ao educador compete resgatar as experiências do educando, auxiliá-lo na identificação de problemas, nas reflexões sobre eles e na concretização dessas reflexões em ações.
                Para implantar a metodologia de projetos em uma escola deve-se ter clareza sobre as mudanças que vão ocorrer e sobre como deve ser um projeto, pois em toda a Unidade Escolar é necessária a mudança na metodologia de trabalho que irá afetar todos os envolvidos no processo.
                As mudanças assustam, mas se fazem extremamente necessárias no âmbito do trabalho pessoal e coletivo. E ainda cabe a cada escola organizar seus modelos metodológicos para colocar em ação os levantamentos já feitos e analisados, e criar seus próprios caminhos.
                Quando se fala de aprendizagem por projetos surge logo a inquietação sobre o currículo, grade curricular de conteúdos, porém, se o educador souber integrar os momentos de transmissão de informações às atividades que buscam estimular a busca de soluções lógicas, que possam ser utilizadas no dia-a-dia, esta aprendizagem será eficaz e significativa. Logo, os currículos precisam ser adequados à realidade de cada escola, em seu conjunto, e em sala de aula, a cada aluno. O currículo escolar deve prestigiar a construção do conhecimento de forma global e não o trabalho linear dos conteúdos.
                Os temas gerais dos projetos, seus conteúdos específicos e a maneira como eles são desenvolvidos não devem ser propostos apenas pelo educador ou por pessoas que não estejam diretamente envolvidas no trabalho. Trata-se de uma ação coletiva envolvendo educador, educando, instituição e comunidade.
                A escolha dos temas e dos conteúdos específicos a serem trabalhados é de responsabilidade de todos e deve ser pensada de forma a contemplar a realidade do educando, a sua cultura e remeter a uma reflexão sobre Cidadania, gerando ações possíveis de serem viabilizadas. Um Projeto deve nascer de curiosidades ou temas que interessem a um grupo de estudantes que necessitam de informações diversificadas.
                Estes temas, em função da sua abrangência e quantidade de dados que geram, levam as crianças a estabelecer relações entre informações de diferentes áreas, favorecendo a interdisciplinaridade. Um projeto deve surgir de uma problemática.
                Para o desenvolvimento integral do aluno faz-se necessário criar um ambiente desafiador e aberto a questionamentos, que instigue a curiosidade, mobilize seus conhecimentos, mostre suas lacunas e os estimule a eliminá-las, possibilitando a reflexão e compreensão para julgamento crítico e articulado próprio de um cidadão consciente, autônomo e transformador. Assim, um projeto visando o aprender vai ser gerado pelos conflitos relacionados ao conhecimento particular do aluno.


                E é a partir de seu conhecimento prévio, que o aprendiz vai se movimentar, interagir com o desconhecido, ou com novas situações, para se apropriar do conhecimento.

                     Num projeto, a quem pertence as dúvidas que vão gerar o projeto? Quem está interessado em buscar respostas? Deve ser a própria criança, enquanto está em atividade num determinado contexto, em seu ambiente de vida, ou numa situação enriquecida por desafios.
                Quando o aprendiz é desafiado a questionar, quando ele se perturba e necessita pensar para expressar suas dúvidas, quando lhe é permitido formular questões que tenham significação para ele, que surgem de sua história de vida, de seus interesses, seus valores e condições pessoais, então ele passa a desenvolver competências para formular e equacionar problemas.
                Quem consegue formular com clareza um problema, a ser resolvido, começa a aprender a definir as direções de sua atividade. Os professores e alunos são instigados a pesquisarem, a buscarem respostas. E o conhecimento é construído por meio da cooperação, ou seja, um interagindo com o outro. Todas as informações trazidas devem ser analisadas criteriosamente, buscando significados de acordo com o proposto inicialmente.
                Na aprendizagem, se há o incentivo da curiosidade, da vontade de aprender, o grupo age ativamente, o conhecimento é adquirido-construído, o professor é o orientador e o aluno é agente do processo. Os alunos aprendem buscando soluções, fazendo levantamentos, questionando e aplicando o que aprendem.
                Sendo assim, somente a posição crítica do aluno aliada a um processo de investigação também crítico permite ir além da impressão imediata da realidade e construir, no pensamento, o conhecimento concreto e significativo.
                No desenvolvimento de projetos é importante trabalhar em parceria com os alunos na construção cooperativa do conhecimento, promovendo-lhes a fala e o questionamento e considerando o conhecimento sobre suas realidades e experiências, para construir um saber significativo e criar condições que lhes proporcionem uma abertura para novas situações; a liberdade de escolha quanto às direções a seguir; o resgate de valores e a conquista do seu espaço na sociedade; a descoberta do estilo individual de vencer obstáculos; a elevação de sua auto-estima.




                É importante criar espaço para que os aprendizes possam ter autonomia para desenvolver suas aprendizagens, colaborando entre si, com respeito mútuo, com liberdade e com responsabilidade, promovendo a troca de experiências entre eles. Criar oportunidades para que possam avaliar periodicamente seus próprios comportamentos no grupo e na sociedade em que estão inseridos, através de rodas de conversas e trabalho em equipe na busca e seleção das informações e solução dos problemas.
                A interação entre os participantes é um ponto de importância relevante para o desenvolvimento de uma dinâmica de trabalho na qual as ações dos aprendizes possam ser desenvolvidas com autonomia e com a consciência de que estão assumindo um compromisso de colaborar com o processo de aprendizagem de seus parceiros.
                Durante todo o desenvolvimento das atividades devem ser observados a capacidade de analisar e depurar as informações obtidas no processo de reconstrução da aprendizagem e o trabalho de parceria entre os interagentes.
                Isto talvez seja mais importante que qualquer outra razão para que os educandos se liguem a uma atividade. É pela curiosidade e pelo desejo de saber mais que eles são motivados e preparados para terem iniciativa e confiança na sua capacidade de construir uma ideia própria sobre um assunto, assim como exprimir seu pensamento com convicção e consciência.

Autora: Graziela Maria de França, formada em Pedagogia e Pos Graduada em Educação Especial, trabalho com alfabetização e adoro o que faço.




Sugestões de dinâmicas e brincadeiras para brincar com os pequenos utilizando o tema PÁSCOA.




Chicotinho queimado com ovos!




Idade: 3 - 12 anos
Material: Mini ovos de chocolate (no mínimo 1 por criança)
Objetivo: Associar palavras. Realizar trabalho em equipe. Compreender o jogo competitivo.

Jogando:
Dividir as crianças em duas ou mais equipes.
Esconder os mini ovos em diversos locais.
Informar às crianças se estão perto ou longe dos ovos.
Quente: perto
Frio: longe.
Os ovos encontrados serão colocados em cestas. A equipe que recolher mais ovos será a vencerdora.
Ao final juntar todos os ovos e distribuir para as crianças.


Corrida da colher com ovos de Páscoa.


Idade: 3 - 12 anos
Material: Ovos pequenos de chocolate (no mínimo 1 por criança), colher (1 por equipe), cones (1 por equipe), cestos (1 por equipe) giz.
Objetivo: Executar habilidades motoras fundamentais de locomoção e estabilização. Realizar trabalho em equipe. Compreender o jogo competitivo.

Jogando:
Dividir as crianças em duas ou mais equipes arrumadas em colunas.
Marcar a linha de saída com giz. Colocar na extremidade oposta os cones.
As colunas devem ficar atrás da linha, um cesto com ovos de chocolate deverá ser colocado ao lado da primeira criança.
A criança que estiver na frente deverá pegar um ovo na cesta, colocar na colher e condizir, o mais rápido possível até dar a volta pelo cone e retornar para sua equipe, entregando a colher para o próximo da coluna. E assim sucessivamente. A equipe que terminar primeiro será vencedora.
Ao final cada criança fica com o ovo que usou na brincadeira.


Revezamento do Coelhinho


Idade: 3 - 8 anos
Material: Giz, cones (ou outros materiais para marcar)
Objetivo: Executar habilidade motora fundamental de locomoção (saltar). Realizar trabalho em equipe. Compreender o jogo competitivo.

Jogando:
Dividir as crianças em duas ou mais equipes. Marcar com o giz a linha de saída/chegada e com os cones o ponto de retorno.
As equipes deverão permanecer em colunas atrás da linha. Ao sinal a primeira criança, de cada equipe, deverá sair saltando como um coelhinho até o cone contorná-lo e retornar até a linha, onde a próxima criança iniciar é o processo, até a última.
Vence a equipe que terminar primeiro.

Variações:
Para deixar mais fácil:

  1. Permitir que o coelho salte da forma que a criança achar melhor.
Para deixar mais difícil:
  1. Saltar com os pés unidos
  2. Saltar com impulso
  3. Saltar com os dois pés
  4. Saltar de costas

O Salto do Coelhinho

 
Idade: 3 - 8 anos
Material: Giz (ou outro material para marcar)
Objetivo: Executar habilidade motora fundamental de locomoção (saltar distância) e estabilização (equilíbrio dinâmico).

Jogando:
Demarcar duas linhas. As crianças deverão saltar de uma linha para a outra, como se fossem coelhinhos. Aumentar a distância entre as linhas conforme forem conseguindo executar a tarefa.



O Rabo do Coelho

Idade: a partir de 3 anos.
Material: Cartolina com o desenho de um coelho da páscoa, de costas. Pom-pom feito de lá ou outro material. Fita crepe. Venda.
Objetivo: Executar habilidade motora fundamental de locomoção e estabilização. Melhorar a noção de espaço.

Jogando:
Fixar a cartolina com o desenho em uma parede para que fique ao alcance dos participantes. Colocar fita crepe no pom-pom.
Solicitar que o participante observe a figura.
Vendar o participante.
Girar o participante vendado, deixando-o de frente para a cartolina. Ele deverá colar o rabo do coelho no local adequado.

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