AS MANIFESTAÇÕES POPULARES E A EDUCAÇÃO INFANTIL

          As manifestações populares destes últimos dias configuram um fenômeno que merece análise e discussão sobre o tema. E isso deve ser feito desde a Educação Infantil, pois fazemos parte de uma sociedade e nossas crianças de forma direta ou indiretamente participam destas movimentações. Se o nosso objetivo é trabalhar o desenvolvimento do pensamento crítico esta é uma grande oportunidade.

          Ficamos felizes em ver milhares de pessoas se manifestando nas ruas com cartazes, faixas e rostos pintados expressando suas reivindicações. O problema é que as divergências daquilo que se deseja estão se tornando grandes demais e as pessoas estão ficando confusas.

             É preciso trabalhar a importância dos movimentos sociais, estimulando nossas crianças a exercitarem seus direitos com questionamentos que podem ser realizados nas atividades básicas desenvolvidas até nas creches. É comum sermos questionados, por nossos pequenos e isso é importante para a construção de valores, ética e cidadania.

         Desenvolver atividades com o objetivo de aprender a questionar, argumentar ideias, encontrar soluções para problemas comuns a um grupo não é tarefa fácil. Nossas crianças precisam conhecer seus direitos e deveres, entender que nosso país possui um presidente eleito pela vontade do povo. Que existem leis criadas organizar diferentes situações.

Nós educadores precisamos estar atentos a todas as mudanças que o mundo nos oferece para que nossos novos “brasileirinhos” aproveitem as oportunidades das diversidades e lutas para construção de uma sociedade mais justa e solidária.

"Uma educação de perguntas é a única educação criativa e apta a estimular a capacidade humana de assombrar-se, de responder ao seu assombro e resolver seus verdadeiros problemas essenciais, existenciais [...]. Então, nesse sentido a pedagogia da liberdade ou da criação deve ser tremendamente arriscada. Deve ousar-se ao risco, deve provocar-se o risco, como única forma de avançar no conhecimento, de aprender e ensinar verdadeiramente. Julgamos importante essa pedagogia do risco, que está ligada à pedagogia do erro” (FREIRE, 1985, p. 52).